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domingo, 31 de março de 2013

Dores de Cabeça - Medicina Chinesa

Para a Medicina Chinesa as dores de cabeça têm diversos tipos de origem, nomeadamente ligadas aos diversos Meridianos Principais e às suas funções energéticas e fisiológicas.

O diagnóstico em MC não é realizado apenas com base num único tipo de sintomas, por exemplo apenas tomando como base única e exclusivamente a localização da dor, contudo, essa mesma localização é um dos sintomas chave para determinar o melhor protocolo terapêutico a seguir. Abaixo seguem alguns exemplos de alguns dos possíveis Meridianos Principais e/ou Orgãos afectados energeticamente.

Hua Tuo Jia Ji

PONTOS CURIOSOS - HUATUOJIAJI

Em Medicina Chinesa existem vários tipos de pontos, uns ao longo de Meridianos Principais e outros fora do percurso dos mesmos.

Alguns são chamados de pontos curiosos. Alguns desses são chamados HuaTuoJiaJi, situados ao longo da coluna, que possuem indicações variadas:

- Intervir directamente nos principais órgãos do nosso corpo
- Intervir ao nível da circulação de sangue, energia e líquidos
- Intervir na regulação emocional
- Intervir na dor e inflamação
- Intervir em perturbações gástricas, genito-urinárias
...

Dermatomos - Dores Irradiadas


Por vezes surgem-nos em consulta pacientes cujas queixas passam por dores, dormência, falta de força, sensação de picada, etc, relacionadas com determinadas áreas do corpo, nomeadamente braços, pernas, pescoço e face.

Entre os vários exemplos que se poderia dar, a dormência, dor e falta de sensibilidade na ponta dos dedos das mãos (por exemplo) é associada muitas vezes (por clínicos convencionais) a problemas ao nível do Síndrome do Túnel Cárpico. Alguns desses pacientes acabam por fazer cirurgias que acabam por piorar os seus sintomas, em vez do os melhorar.

Contudo, na verdade muitos desses sintomas são (em variados casos) reflexos de perturbações fisiológicas noutras zonas do corpo, como por exemplo da cervical, assim como (do ponto de vista da Medicina Chinesa), de perturbações de circulação sanguínea, de energia e líquidos, que é prejudicada (por exemplo) por uma invasão de factores patogénicos como frio, humidade e vento, nalguns dos diversos Meridianos Principais.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Os males do sistema digestivo


Eles vão nos falar da nossa dificuldade para engolir, para digerir,
para assimilar o que acontece na nossa vida. "Eu não consegui engolir o que ele me disse", ou então "Nunca consegui digerir muito bem o que você fez", ou ainda "Estou com essa história aqui, na minha garganta", são muitas as expressões populares que nos dizem simplesmente isso. De acordo com o órgão digestivo particularmente em questão, há uma precisão sobre a tensão sentida ou sobre a dificuldade para digerir a experiência.

O estômago 

É o órgão que. recebe, em primeiro lugar, através do esófago, os
alimentos brutos que acabam de ser simplesmente preparados pela mastigação da boca. Logo, é o primeiro receptáculo da alimentação material. É aquele que está encarregado do trabalho pesado e que faz um pouco o papel de "betoneira". Ele amassa, mistura, porém também dissolve, graças ao ácido clorídrico, os alimentos ingeridos, preparando-os assim para o processo de assimilação. Logo, o estômago é o órgão que se responsabiliza pela parte directamente "material" da digestão, que realmente
coloca "a mão na massa" e que deve se encarregar de controlar a matéria alimentar.

Os males do estômago

Eles nos falam da nossa dificuldade ou das tensões que encontramos quanto ao nosso domínio ou à nossa gestão do mundo material.
Aborrecimentos financeiros ou profissionais, escolares ou judiciais vão decidir se exprimir dessa maneira, se eles provocarem preocupações reais ou imaginárias dentro de nós. Em razão do seu papel de amassador dos alimentos, aquele estômago que nos faz sofrer também pode querer mostrar que temos uma tendência para ruminar, para repisar as coisas e os acontecimentos de forma
excessiva. A acidez gástrica pode nos dizer então para parar.
Exemplo: existem múltiplos casos de úlcera que muitas vezes
vem a ser a característica de aborrecimentos profissionais e que, durante muito tempo, foi a "doença preferida" dos homens de negócios. Os números diminuíram bastante hoje em dia, pois se sabe agora como fazer calar o estômago. Há vários alunos que sentem cólicas ou azia no estômago antes das provas. Eles sabem que elas são um sinal da inquietação.
Azia, acidez gástrica, úlcera, câncer, são muitas as manifestações
cuja intensidade é progressiva e que exprimem essa dificuldade para digerir o que vivemos, os choques da vida ou as situações que não nos satisfazem.
Os vómitos são então um sinal suplementar da rejeição pura e simples, da recusa.

Os males do Baço-Pâncreas (Movimento Terra)


Eles significam que temos uma tendência a atravessar a vida com sensatez demais, ou seja, não deixando espaço suficiente para o prazer, para a alegria. O dever é importante, sendo que o profissional e o material são as coisas essenciais. A vida então sente falta daquela doçura de que todos nós temos necessidade. As preocupações materiais interiorizadas e as angústias obsessivas, o medo de sentir falta ou de não saber, de não estar à altura, estes são os sinais expressos pelos problemas do pâncreas ou do baço. A
tendência a viver no passado, por medo de não produzir o presente, ou o fato de cultivar memórias desse passado podem se manifestar através de tensões ou de doenças nesses dois órgãos. A necessidade de corresponder às normas, de respeito às regras, até mesmo de dependência em relação a elas pode ser exprimida através dos desequilíbrios do baço ou do pâncreas. Isso se encontra no nível energético, pois é a energia do Baço e Pâncreas que se encarrega, entre outras coisas, do ciclo menstrual e da manifestação cíclica, que normalmente chamamos de "regras". Essa necessidade também se reencontra no diabetes, pois as pessoas envolvidas por esse desequilíbrio devem sempre vigiar o aspecto da "regularidade" na sua vida. Os horários das refeições e todos os costumes da vida devem ser perfeitamente "acertados" e respeitados o mais escrupulosamente possível, sob o risco de desencadear uma doença.
Os desequilíbrios pancreáticos podem tomar duas formas: a hipoglicémia (falta de açúcar no sangue) e a hiperglicémia ou diabetes (excesso de açúcar no sangue). O que é que o açúcar representa na nossa vida? Ele é a doçura, a gentileza e, por extensão, vem a ser uma prova de amor ou de reconhecimento. Em todas as culturas do mundo, ele é a
recompensa, o presente que se dá às crianças quando tiveram bom comportamento (respeitaram as regras), quando tiraram boas notas na escola (responderam às normas) ou simplesmente quando temos vontade de agradá-las. Esse presente muitas vezes é "maternal".
A presença excessiva de açúcar no sangue exprime que temos dificuldade para gerar, para viver ou para obter doçura na nossa vida. O diabetes muitas vezes quer dizer que a pessoa teve um pai excessivamente e mesmo, às vezes, injustamente autoritário (excesso de regras e de normas), e que ela encontrou um "refúgio" na doçura protectora da mãe. A alimentação (mãe) se torna, então, um paliativo, um exutório importante e o diabetes, a conclusão lógica de um ganho de peso progressivo, porém garantido.
Alguns choques psicológicos fortes, no decorrer dos quais o indivíduo enfrenta a destruição brutal das seguranças ou crenças afectivas  podem ser expressos pela aparição de um diabetes. Vou citar o caso de uma jovem que veio me consultar pois queria ter um filho, mas o seu diabetes a impedia. A análise da sua situação nos fez remontar a um drama que havia vivido na sua infância.
A hipoglicemia (insuficiência de açúcar) nos fala, por sua vez, de um sofrimento inverso à ideia de incapacidade, à dificuldade de receber, de aceitar, de achar que tem direito à doçura. É o caso frequente de crianças não desejadas pela mãe ou cujo pai foi "ausente". A ausência de refúgio materno produz um amálgama negativo em relação à alimentação, que não é querida, até mesmo não é aceita (anorexia) ou que é assimilada somente quando há necessidade. Mas isso é feito sem prazer e sem doçura, com o mínimo de "açúcar". A busca pelas normas ou pelas regras ausentes resulta num físico anguloso e macilento, em que as formas redondas (doçuras) estão ausentes.

O Fígado


Os problemas hepáticos também são, naturalmente, um sinal de que encontramos dificuldade para "digerir" alguma coisa na nossa vida. A principal emoção associada ao fígado é a Raiva. As tensões ou sofrimentos desse órgão podem querer dizer que o nosso modo - habitual e excessivo – de reagir diante das solicitações da vida é a Raiva. Toda vez que "acertamos" os nossos problemas com o mundo exterior gritando, nos zangando, mobilizamos toda a energia do fígado nessa direcção  privando-o dessa forma de uma grande parte da energia necessária para o seu funcionamento cada vez que isso acontece. O órgão vai então se manifestar, deixando de fazer o seu papel correctamente na fase digestiva. 
No entanto, por outro lado, na maioria das vezes, raiva que é reprimida ou sistematicamente guardadas no interior vão estagnar a energia no fígado. Assim elas correm o risco de se traduzir em patologias mais importantes (cirroses, quistos, câncer).

Um bom exemplo de excesso é a raiva reprimida e, num quadro de vazio energético, temos o medo paralisante ou síndrome de pânico. A estagnação do fluxo de energia do fígado frequentemente desequilibra o emocional, produzindo sentimentos de frustração e ira. Essas mesmas emoções podem levar a uma disfunção no fígado, resultando em um ciclo interminável de causa e efeito. 

Os olhos são a manifestação externa do fígado. Em outras palavras, o fígado rege o sentido da visão. A lágrima é a secreção interna que ajuda a aliviar o fígado. Cuidado com olhos secos. Daí vem a importância do exercício de “piscar os olhos” e de não reprimir o choro, embora nem sempre seja conveniente socialmente. Mas, acredite, conter o choro faz mal à saúde. Ah! Uma forma divertida de chorar/lacrimejar é deixando o riso fluir, acontecer no seu dia-a-dia, na sua vida. 
Patologias da visão irão sinalizar alguma alteração no fígado. As mais comuns são: conjuntivite  olhos vermelhos sem processo inflamatório, prurido, "vista" seca, visão fraca, pontos brilhantes que aparecem no campo visual e outros. 

O fígado também se mostra nas unhas. Quando o sangue do fígado é abundante, ele se espalha para as extremidades do corpo, incluindo as unhas dos pés e das mãos. Por outro lado, quando o sangue do fígado está deficiente, as unhas podem parecer pálidas, fracas e quebradiças.

Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) se diz que o fígado é o órgão que desempenha um papel muito importante, como é ele que comanda o fluxo suave do Chi por todo o corpo, qualquer desequilíbrio em suas funções geralmente afecta outro órgão. Extremamente importante para a mulher, assim como o rim o é para o homem. Praticamente todo o sistema reprodutor feminino é regido pelo fígado. Quando o fígado está desequilibrado, os seguintes sintomas podem ocorrer: problemas emocionais, dor ou sensação de estufamento nas costelas, vertigem, cefaleia  cólicas, problemas nos tendões, problemas ou alterações nos ciclos menstruais, presença de quistos no ovário, miomas uterinos, corrimentos ou prurido vaginais, alterações da libido como frigidez e impotência, icterícia, visão fraca ou borrada e desordens digestivas.


O fígado é considerado uma área de armazenamento para o sangue quando este não está sendo usado para actividade física. Esses períodos de descanso contribuem para os processos restauradores do corpo. Durante o exercício, o sangue é liberado para nutrir tendões e músculos. Quando o sangue do fígado está deficiente, rigidez e inflexibilidade dos músculos e tendões podem ocorrer. Se o qi do fígado está estagnado, os músculos podem sofrer espasmos. Esses espasmos musculares frequentemente ocorrem quando uma pessoa ingere café forte. O café, mesmo a variedade descafeinada, é uma das substâncias mais nocivas ao fluxo suave do qi do fígado:
Dicas para manter um bom fluxo de Chi no Fígado:

• Aumentar o consumo dos alimentos de origem vegetal, maduros, crus, idealmente orgânicos e integrais;
• Praticar actividades que te gerem prazer e alegria; lazer, brincadeiras, artes;
• Praticar actividade física moderada diariamente. Vocês não têm noção de como este hábito é vital para o livre fluxo de energia do fígado;
• O sabor ácido, assim como os alimentos de cor verde são os maiores aliados do fígado. Entretanto, na primavera, evite exagerar nos sabores ácidos e picantes.
• Evitar alimentos muito gordurosos (pela qualidade, gordura animal e óleos refinados, como pela quantidade), frituras, açúcar, café e álcool;
• Evitar vida sedentária e stressante, o mau humor, ilusões e grandes expectativas.

domingo, 24 de março de 2013

Caso Clínico

Sr. 56 anos, casado
Trabalha numa empresa  parceira da Auto-Europa

Motivo da consulta: Tonturas, zumbidos, Síndrome de Meniere.

O paciente tinha tonturas e vertigens todos os dias, por vezes com perda de consciência.
Referiu ter zumbidos com perda da acuidade auditiva.
Dorme pouco, adormece com facilidade e acorda facilmente.
Extremidades quentes, transpiração nocturna, cara e pescoço avermelhados.
Sente fraqueza e falta de energia.


O paciente pretendia sentir alivio porque assim que, sentia que ia ter alguma crise, tinha de parar imediatamente, e muitas das vezes não conseguiu evitar quedas ou que tivesse de receber tratamento hospitalar.


Foi-lhe proposto fazer tratamentos de Acupunctura e de Fitoterapia.
Protocolo de tratamentos: 10 tratamentos, 1 por semana; 10 tratamentos de 15 em 15 dias; 10 tratamentos, 1 mensal.

Após 3 sessões de Acupunctura o paciente referiu diminuição da transpiração e ligeiras ameaças de crises das tonturas que tanto o incomodavam tanto a nível profissional e familiar.

Terminada a 1ª fase de tratamentos o paciente já não tem crises! Sente-se bem, sem qualquer incomodo, a transpiração ainda tem, mas com menor intensidade.

quarta-feira, 20 de março de 2013



Fazemos consultas e tratamentos de acupunctura ao domicilio na área da Grande Lisboa. Conforme o tratamento a subscrever poderá ser efectuado sessão de acupunctura aliada à toma de fitoterapia e/ou massagem Tuina.
Mais informações pelo telemóvel 967 314 736 ou mail: mtcbelotfernandes@gmail.com.

Abraços

segunda-feira, 18 de março de 2013

Introdução á Medicina Chinesa


A Medicina Chinesa, originária da China é hoje conhecida e praticada em todo o mundo, está documentada desde há 5 mil anos. É, muito provavelmente, não apenas a mais antiga das medicinas, mas também a que mais tem sido praticada ao longo da História da Humanidade.
É uma medicina que se propõe analisar o indivíduo através de um princípio energético e, com esse diagnóstico, proceder ao tratamento por meio das várias disciplinas que englobam a Medicina Chinesa.


Acupunctura e Fitoterapia
A disciplina da Medicina Chinesa mais divulgada é, sem dúvida, a Acupunctura que consiste na inserção de agulhas filiformes descartáveis em pontos muito específicos do corpo. Mas a disciplina que é indispensável num tratamento e que é, comparativamente, pouco conhecida, é a Fitoterapia.
Esta parte da Medicina Chinesa refere-se à conjugação de plantas medicinais chinesas em fórmulas que podem ser apresentadas sob a forma de comprimido, cápsula ou gotas, bem como chá ou creme.

Eficácia
A sábia e experimentada Medicina Chinesa tem dado, ao longo dos séculos, provas da sua eficácia, ainda que às vezes pouco claras para a Medicina do Ocidente que, como não tem uma abordagem energética do indivíduo tem dificuldade, sem formação para isso, em entender como é que a Medicina Chinesa funciona.

Não é possível a um médico formado na Medicina do Ocidente fazer um diagnóstico ou um tratamento de Medicina Chinesa, pois a diferença entre as formações é abissal, equiparada à hipótese de um Arquitecto que quisesse praticar Engenharia Civil sem fazer esse curso primeiro. Há um elo comum entre ambas as medicinas que é óbvio: a Saúde e o Bem Estar, mas os métodos para se alcançar essa meta são absolutamente díspares, bem como o modo de diagnosticar os problemas.
Em Medicina Chinesa a primeira consulta é uma conversa entre médico e paciente, durante a qual o médico poderá pedir ao paciente para lhe examinar a língua e sentir a pulsação. Durante estas etapas faz-se o diagnóstico energético do paciente, que vai permitir o estabelecimento da terapêutica.

Outras Disciplinas
As restantes disciplinas da Medicina Chinesa têm também grande importância, contudo, são menos praticadas no Ocidente, devido, ao estilo de vida Ocidental ser tão diferente do Oriental. Por exemplo, a disciplina da Ginástica Energética ou Qi Gong, é praticada correntemente, todas as manhãs, antes do trabalho, na China.
A utilização de ventosas nos pontos usados para a Acupunctura não agrada aos ocidentais pois deixa marcas fortes e hematomas. Já a moxibustão (aquecimento dos pontos de Acupunctura), é facilmente aceite no Ocidente. Outra das disciplinas da Medicina Chinesa é o Tui Na (técnica manual de estimulação de pontos e canais energéticos), actualmente mais utilizada no Ocidente, com excelentes efeitos em determinadas patologias, sendo também utilizada para relaxe. Por último, a Dietética é a disciplina que perfaz o todo da Medicina Chinesa, combinada com as restantes disciplinas da Medicina Chinesa, a alimentação regrada pelo diagnóstico energético mostra-se um precioso meio auxiliar num tratamento de Medicina Chinesa.

A Pessoa como parte do todo
A Medicina Chinesa é o todo das disciplinas de Acupunctura, Fitoterapia, Qi Gong, Tui Na e Dietética, encarando a pessoa como parte de um todo, que é o mundo no qual se insere. Para haver equilíbrio há que tratar cada caso de forma individualizada, pois cada indivíduo, em si, é também um todo.
Para harmonizar a energia e assim curar é preciso harmonizar o todo, ou estar-se-á a tratar apenas parte do problema, levando a que ele volte a surgir, mesmo que sob outra forma. A Medicina Chinesa procura tratar a origem do problema, para o erradicar em definitivo, pois essa é também a postura chinesa ao encarar a vida: analisar cada pequeno aspecto como fruto do todo e essencial para o todo.