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sexta-feira, 29 de março de 2013

Os males do Baço-Pâncreas (Movimento Terra)


Eles significam que temos uma tendência a atravessar a vida com sensatez demais, ou seja, não deixando espaço suficiente para o prazer, para a alegria. O dever é importante, sendo que o profissional e o material são as coisas essenciais. A vida então sente falta daquela doçura de que todos nós temos necessidade. As preocupações materiais interiorizadas e as angústias obsessivas, o medo de sentir falta ou de não saber, de não estar à altura, estes são os sinais expressos pelos problemas do pâncreas ou do baço. A
tendência a viver no passado, por medo de não produzir o presente, ou o fato de cultivar memórias desse passado podem se manifestar através de tensões ou de doenças nesses dois órgãos. A necessidade de corresponder às normas, de respeito às regras, até mesmo de dependência em relação a elas pode ser exprimida através dos desequilíbrios do baço ou do pâncreas. Isso se encontra no nível energético, pois é a energia do Baço e Pâncreas que se encarrega, entre outras coisas, do ciclo menstrual e da manifestação cíclica, que normalmente chamamos de "regras". Essa necessidade também se reencontra no diabetes, pois as pessoas envolvidas por esse desequilíbrio devem sempre vigiar o aspecto da "regularidade" na sua vida. Os horários das refeições e todos os costumes da vida devem ser perfeitamente "acertados" e respeitados o mais escrupulosamente possível, sob o risco de desencadear uma doença.
Os desequilíbrios pancreáticos podem tomar duas formas: a hipoglicémia (falta de açúcar no sangue) e a hiperglicémia ou diabetes (excesso de açúcar no sangue). O que é que o açúcar representa na nossa vida? Ele é a doçura, a gentileza e, por extensão, vem a ser uma prova de amor ou de reconhecimento. Em todas as culturas do mundo, ele é a
recompensa, o presente que se dá às crianças quando tiveram bom comportamento (respeitaram as regras), quando tiraram boas notas na escola (responderam às normas) ou simplesmente quando temos vontade de agradá-las. Esse presente muitas vezes é "maternal".
A presença excessiva de açúcar no sangue exprime que temos dificuldade para gerar, para viver ou para obter doçura na nossa vida. O diabetes muitas vezes quer dizer que a pessoa teve um pai excessivamente e mesmo, às vezes, injustamente autoritário (excesso de regras e de normas), e que ela encontrou um "refúgio" na doçura protectora da mãe. A alimentação (mãe) se torna, então, um paliativo, um exutório importante e o diabetes, a conclusão lógica de um ganho de peso progressivo, porém garantido.
Alguns choques psicológicos fortes, no decorrer dos quais o indivíduo enfrenta a destruição brutal das seguranças ou crenças afectivas  podem ser expressos pela aparição de um diabetes. Vou citar o caso de uma jovem que veio me consultar pois queria ter um filho, mas o seu diabetes a impedia. A análise da sua situação nos fez remontar a um drama que havia vivido na sua infância.
A hipoglicemia (insuficiência de açúcar) nos fala, por sua vez, de um sofrimento inverso à ideia de incapacidade, à dificuldade de receber, de aceitar, de achar que tem direito à doçura. É o caso frequente de crianças não desejadas pela mãe ou cujo pai foi "ausente". A ausência de refúgio materno produz um amálgama negativo em relação à alimentação, que não é querida, até mesmo não é aceita (anorexia) ou que é assimilada somente quando há necessidade. Mas isso é feito sem prazer e sem doçura, com o mínimo de "açúcar". A busca pelas normas ou pelas regras ausentes resulta num físico anguloso e macilento, em que as formas redondas (doçuras) estão ausentes.

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