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sábado, 28 de setembro de 2013

Acupuntura - como é e para que serve



A acupuntura apresenta bons resultados perante diversas enfermidades. Os instrumentos utilizados são simples, económicos, seguros e sem efeitos colaterais. Consiste na penetração da pele por pequenas agulhas metálicas muito finas e sólida, manipuladas manualmente ou por meio de estímulos eléctricos em determinados pontos específicos do corpo para melhorar a saúde, diminuir a dor ou simplesmente para melhorar o bem estar do paciente. 
O diagnóstico é feito após questões sobre diferentes aspectos da vida do paciente e observação de manifestações físicas como a pulsação, respiração, cor e aspecto da pele e da língua.




Esta técnica de estimulação de determinados pontos e canais de energia do corpo, chamados na acupuntura de meridianos, de acordo como equilíbrio de Yin e Yang, podem causar reacções em outras regiões dos orgão de forma a obter resultados medicinais. Segundo a MTC, os pontos podem transmitir a função e as mudanças dos órgãos do interior do corpo para o exterior e, ao mesmo tempo, comunicar os factores exógenos até ao interior. 




A princípio os pontos não possuíam locais determinados. como desenvolvimento da própria acupuntura também a descoberta dos pontos, a sua localização e função, foram sendo definidas. Para facilitar a memorização das suas indicações, os pontos foram denominados segundo as características da região anatómica onde se encontravam e a sua função em particular. 
Com as constantes práticas clínicas, constatou-se que uma pessoa ao padecer de certa doença, pode aparecer em determinadas áreas da pele ou nalguns pontos que encontram em regiões diferentes, fenómenos anormais, tais como a dor, distensão ou calor. O que levou ao conhecimento do princípio da relação entre pontos e as doenças e chegar a um possível diagnóstico observando os pontos de acupuntura. 


Desde os anos 70, que a OMS (Organização Mundial de Saúde) reconhece a acupuntura como complemento da medicina moderna. Houve diversos estudos científicos no sentido de comprovar a sua eficácia. No documento "Acupunture: Review and analysis of report on controlled clinical trials" é exposto os resultados dessas pesquisas. 
Foi analisada a eficácia da acupuntura, assim como as técnicas de moxabustão, ventosas, sangria, eletro-acupuntura, laser-acupuntura, magneto-acupuntura, massagem shiatsu/tuina e acupressura (pressão digital nos pontos), em comparação com tratamentos convencionais para 147 doenças, sintomas e condições de saúde.
A técnica sobrevive há milénios, mostrando benefícios em indivíduos com problemas gastrointestinais, respiratórios, musculares, urológicos, endocrinológicos, psicológicos e neurológicos, ginecológicos e até mesmo dermatológicos. Também está indicada para a redução da dor em casos de fibromialgia e dores nas costas, tratamento de náuseas e vómitos em pacientes que se submetem a quimioterapias ou cirurgias e diminuição da tensão emocional. Todas estas enfermidades surgem na lista da OMS, no total são mais de 40.  






quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Acupuntura - Um pouco da História

A Acupuntura é um o ramo mais conhecido no Ocidente que faz parte da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Criada há mais de dois mil anos é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Inspira-se num conjunto de práticas terapêuticas das tradições médicas orientais, consiste na estimulação de locais anatómicos sobre ou na pele - os chamados pontos de acupuntura.
A história da acupuntura é indissociável da história da Medicina na China. Temos que recordar que a cultura chinesa tem a mais antiga tradição de linguagem escrita (desde 3100 a. C.), permitindo a transmissão de conhecimentos entre gerações sem a deturpação típica da tradição oral. Na China, a história, período após o surgimento da escrita, é anterior à Idade dos Metais.

Ao longo das diversas dinastias chinesas, os médicos desenvolveram e aperfeiçoaram esta especialidade, que abrange várias teorias básicas, tais como o Yin e o Yang, os cinco Movimentos, os Zang-fu (órgãos e vísceras), Qi-Xue (energia e sangue), assim como vários métodos de manipulação de agulhas e experiências clínicas importantes do tratamento segundo os sintomas e sinais, fazendo com que a acupuntura seja uma terapia muito eficaz.

Nos primórdios da acupuntura, os antepassados chineses curavam as enfermidades com agulhas de pedra denominadas Bian ( entre 10000-4000 a. C.), Chan e Zhen.
Na época neolítica, além de agulhas de pedra artificialmente polidas, usavam também agulhas polidas de osso e de bambu como instrumentos para a acupuntura. Mais tarde, como desenvolvimento do cozimento de utensílios de barro, também foram utilizadas agulhas de barro, método utilizado em alguma regiões da China até à actualidade.
Com o advento da metalurgia apareceram sucessivamente, agulhas de diferentes metais, por exemplo, as agulhas de ferro, prata e de ligas metálicas, hoje em dia as agulhas são de aço inoxidável muito finas e de fácil manejo. As "nove agulhas" da antiguidade eram fabricadas em nove formas distintas, segundo os diferentes usos, constituindo um símbolo do desenvolvimento das técnicas e teoria da acupuntura. Em 1968, encontraram na tumba familiar de Liu Sheng e Jing de Zhongshan, da dinastia Han do Oeste (século II a. C.), nove agulhas para acupuntura, quatro em ouro e cinco em prata, foi a primeira vez que se descobriu agulhas de metal usadas nos tempos antigos.
Data da época da dinastia Qin (221-206 a. C.), três livros importantes sobre a Medicina Chinesa. Um destes livros, escrito como se fosse pelo mítico "Imperador Amarelo", que teria vivido entre 2698-2598 a. C., foi dividido em dois livros. O segundo livro, Ling Shu, ou eixo espiritual, é um manual de acupuntura. Os livros tratam da aplicação dos conceitos de Yin e Yang na medicina, da teoria dos cinco elementos (ou cinco movimentos), descrevem a teoria dos meridianos, tratam do conceito do Qi, e atribuem definitivamente aos sintomas causas orgânicas ao invés de causas sobrenaturais.

Na Idade Média, dá-se a expansão da acupuntura para outros países da Ásia, como o Japão, Coreia e Vietnam. Em 702, é fundada a primeira escola médica oriental, em Nara, Japão, onde se ensinou acupuntura. Todavia, na China o seu desenvolvimento foi modesto, principalmente, na dinastia Tang (618-906).
Em 1341, durante a dinastia Yuan (1264-1368), o médico Hua Shuou publicou Shi Si Jing Fa Hui, neste texto ele descreve 303 pontos dos chamados 12 meridianos regulares e 51 pontos em 2 meridianos extraordinários, totalizando 657 dos 670 pontos clássicos de acupuntura.


Do estabelecimento da dinastia Qing até à Guerra do Ópio (1644-1840) os doutores de medicina consideram a medicina herbária (fitoterapia) como sendo superior à acupuntura, sendo esta durante muitas décadas negligenciada. No século XVIII, Wu Qian e os seus colaboradores por ordem imperial compilaram um livro exaustivo sobre Medicina Chinesa, contendo um capitulo de acupuntura com ilustrações, sendo imediatamente seguido de outro médico Li Xuechuán que enfatiza no seu livro a selecção de pontos de acupuntura de acordo com a diferenciação de síndromes, sendo listados sistematicamente 361 pontos nos 14 canais de energia.
Em 1822, as autoridades da Dinastia Qing declararam uma ordem para abolir permanentemente a acupuntura do departamento da faculdade de medicina imperial porque "a acupuntura e a moxabustão não são satisfatórias para serem aplicadas ao Imperador".
Após a Guerra do Ópio, em 1840, a China entrou num sociedade semi-feudal e semi-colonial. Com a revolução chinesa de 1911 e o fim da Dinastia Qing o governo instituído então, depreciou completamente a MTC, proibindo e tomando uma séria de medidas para restringir o seu desenvolvimento incluindo a acupuntura.
Devido à grande necessidade de cuidados médicos do povo chinês, a acupuntura disseminou-se entre as pessoas do povo. Muitos acupuntores fizeram esforços inflexíveis para proteger e desenvolver este grande legado médico, fundando associações de acupuntura, editando livros e promovendo cursos.
A acupuntura só ganhou nova vida, assim como a MTC, quando, em 1949, o presidente Mao Tsé-Tung assumiu o poder. Nesta época a China passou por um renascimento cultural e cientifico e a pesquisa e ensino da acupuntura foram permitidos e até incentivados. Nos anos 50 do século XX, a China ajudou a União Soviética e outros países da Europa oriental a formar acupuntores.
Presidente Richard Nixon com Mao Tsé-Tung, 1972

Foi a partir de 1971, com o relato do efeito da acupuntura no tratamento das dores pós-operatórias do jornalista James Reston, que foi submetido a uma apendicectomia enquanto estava na China, e após 1972, com a visita do presidente norte-americano, Richard Nixon àquele país, que a acupuntura passou a ser melhor estudada pelo método cientifico, no Ocidente, graças ao reatamento de relações internacionais entre os dois países que permitiu a melhor troca de informações entre cientistas. Foi em 1979, que se realizou em Pequim o primeiro Seminário Internacional sobre a Acupuntura, Moxabustão e Anestesia para a 
Acupuntura, organizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).  Foi elaborada uma lista com 40 doenças reconhecidas como tratáveis com acupuntura. A pedido da OMS foram criados cursos de formação de acupuntura internacional em Beijing, Shangai, Nanjing para formar acupuntores para outros países. Actualmente, o intercâmbio de organizações académicas ocidentais com a associação médica chinesa é vasta e alargada a muitos países.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The Vajra Guru Mantra



Tenham um tempo para vós e esvaziem a cabeça de tudo...Bem hajam

Ventosaterapia - 2ª parte

Aplicação de ventosas

O uso das ventosas baseia-se na acção de sucção que ela provoca quando em contacto com a pele. A sucção é obtida colocando uma substância cadente na ventosa antes de coloca-la sobre a pele, aquecendo-a com água quente, ou com o bombeamento de ar para fora desta, uma vez posicionada na pele. O vácuo formado puxa a pele e músculos para dentro do copo, causando uma congestão local que estimula a circulação sanguínea na superfície do corpo.


Segundo a MTC, a ventosa tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes poluentes. Desta forma, melhora a qualidade do sangue bem como do próprio Qi do organismo.
Após a aplicação das ventosas, a pele do corpo - que, segundo a MTC, se relaciona directamente com o sistema imunológico - encontra-se livre de resíduos, o que aumenta sua capacidade microcirculatória periférica e a captação de oxigénio, o que ajuda o organismo a combater possíveis agentes patogénicos externos, que provocam doenças. Observa-se, normalmente, uma reacção pigmentar na pele que, para muitas pessoas, pode ser bastante assustadora e amedrontadora, apesar da dor não estar presente durante o atendimento. Manchas avermelhadas ou arroxeadas que surgem no local onde o copo foi aplicado devem-se às dilatações capilares e vasculares que ocorrem, extravasando os fluídos dos tecidos localizados mais profundamente no corpo para a sua superfície. A reacção pigmentar significa que o corpo está eliminando os resíduos metabólicos, toxinas e outras substâncias desfuncionais das profundezas do corpo em direcção à superfície.


Segundo a Ventosaterapia, estas manchas arroxeadas ou vermelhas são, inclusive, utilizadas como método de diagnóstico auxiliar acerca da condição do paciente. Se as manchas forem muito escuras, podem indicar existência de doenças crónicas no interior do organismo, o que demandará um tratamento mais longo e demorado. Se a cor dor mais avermelhada do que roxa, é indicativo de doença mais simples e aguda, indicando restabelecimento mais rápido. Já se a cor for bastante clara, revela pouca circulação periférica, o que necessitará de tratamento adequado.

A ventosaterapia pode ser realizada de várias formas e modalidades diferentes. As ventosas podem ser posicionadas directamente em pontos dolorosos do corpo, ou directamente sobre os pontos de acupuntura localizados principalmente nas costas - os chamados pontos Shu dorsais, que se relacionam directamente com os órgãos do corpo - aumentando a perfusão sanguínea nos referidos órgãos e a qualidade de funcionamento dos mesmos em geral. Podem, também, ser utilizadas como instrumento para a massagem de determinadas partes do corpo; para tal, utiliza-se cremes que lubrifiquem a zona do corpo a massajar permitindo o deslizamento dos copos, como nas costas e coxas. Mecanicamente, aumenta o fluxo da linfa, reduzindo o edema, mantém a flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibroses e mobiliza o funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, activa a circulação e o funcionamento geral do corpo. Em determinados diagnósticos as ventosas também podem ser utilizadas como instrumentos para provocar a sangria de determinados pontos; nesta técnica deixa-se a ventosa agir durante alguns minutos, até provocar a vermelhidão no local, para logo depois de retiradas a zona ser estimulada com uma agulha especial (Agulha Sete Estrelas) que irá causar um pequeno sangramento que será intensificado após nova aplicação dos copos sob a área desejada. 


O tempo de permanência das ventosas sobre a superfície da pele varia de acordo com os objectivos do tratamento e também em função das características individuais. Todavia, considera-se que só devem ser deixadas no local somente até haver congestão local (de 5 a 15 minutos). Quando utilizadas como método de tratamento principal (em pessoas que, por exemplo, não toleram agulhas), as ventosas devem retiradas após um período de tempo de 20 a 25 minutos, nunca exceder os 30 minutos.

A Ventosaterapia pode ser utilizada em associação com outras terapias reforçando a efectividade desta. Por exemplo, o uso combinado da Ventosaterapia e Moxabustão facilita desintoxicação do organismo, além de produzir uma sensação agradável de calor que relaxa ainda mais a musculatura. Para tal, basta aplicar Moxabustão após o uso das ventosas nas manchas obtidas com a reacção pigmentar, o que irá optimizar o efeito terapêutico do tratamento.


Indicações e contra-indicações

A aplicação da Ventosaterapia será determinada a partir do estabelecimento de um diagnóstico específico para cada caso. Obtém resultados bastante satisfatórios em quadros como de dores musculares, lombalgias, ciatalgia, cervicalgia, artrite, hipertensão arterial e problemas circulatórios em geral, distúrbios menstruais, celulite e gordura localizada, bem como, tosse, gripe e resfriados comuns.
Encontra-se contra-indicada em casos de febres altas, convulsões, cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas, áreas onde o músculo é fino ou a pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, no abdómen ou região lombar em gestantes.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ventosaterapia

Origem da ventosaterapia

É utilizada há milhares de anos pela Medicina Tradicional Chinesa (MTC), não é uma técnica exclusiva desta medicina, havendo registo de utilização das ventosas para fins terapêuticos em antigas civilizações como a Egípcia, Grega, em toda a África e nas comunidades índias americanas.

A variedade de ventosas existente hoje em dia deu-se em função dos recursos que cada uma destas civilizações possuía na sua vida diária: o mais antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça; os índios desenvolveram a técnica utilizando os chifres de animais, cortavam a parte superior dos chifres dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado; os chineses usavam os bambus e, na Europa surgiram os primeiros copos de vidro, eram utilizados para obter o efeito ventosa, ou seja para criar um vácuo e uma força de sucção localizada.


O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico de bastante uso e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordada como um instrumento curativo mágico, pelo contacto intimo com o interior corpo através do sangue. Também era respeitada pela sua actuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos da MTC.
Na Europa, durante a Idade Média, as sangrias eram aplicadas visando obter efeitos semelhantes aos das ventosas, sendo colocadas sanguessugas nas veias para obtenção de descompressão. Na Ásia também existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação, o método mais utilizado era o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto das ventosa. Em Portugal, os "barbeiros sangradores" eram geralmente os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor. Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.

No Oriente, o uso de ventosas foi desenvolvido com base na acupuntura e aplicação das ventosas foi originalmente conhecida como Método Chifre. Os chifres eram  aquecidos criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele. O propósito era curar doenças e retirar o pus.
O que distingue estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do mundo, é a extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da tradicional fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por outros métodos de sucção mais desenvolvidos, em que se obtinha o efeito de ventosa utilizando cúpulas de bambu, metal e posteriormente o vidro.
Actualmente, as ventosas mais utilizadas são feitas de plástico e são acopladas no corpo através da fixação de uma "bomba" de pressão que esvazia o ar de dentro dos copos após a sua colocação sobre a pele nos pontos desejados. Nas outras ventosas é utilizado o fogo, que cria uma pressão negativa no interior do copo que permite que ele fique preso à pele.





quarta-feira, 11 de setembro de 2013



Indicações e contra-indicações da massagem terapêutica:

A Tuina é uma terapia que tem como finalidade regular a função dos meridianos equilibrando o fluxo de energia. Consiste na pressão digital em pontos específicos de tendões e músculos e manipulações de alinhamento, sempre que necessário. A duração deste tratamento é de 30 a 60m e o número de sessões depende da situação contudo na primeira massagem o paciente  sentirá melhorias.
A massagem terapêutica Tuina é prescrito como parte de um tratamento individualizado e nunca é uma rotina estudada, como nos centros massagem ou salões de estética, e é realizada por especialista de MTC. Realizada por um profissional habilitado é um tratamento seguro, eficaz e não apresenta efeitos secundários para o paciente.
Hoje em dia, pode ser usada como método terapêutico per si para tratar muitas patologias musculo-esqueléticas que envolvam dor e dificuldade de mobilização das articulações. Ou pode ser utilizada como massagem relaxante em que o paciente não sofre de uma patologia em particular mas pode beneficiar com a utilização das mãos do especialista no relaxamento de certas áreas do organismo.

No vídeo abaixo podem ver uma demonstração de manobras da massagem Tuina.



Os benefícios da massagem Tuina passam pela saúde integral do individuo, nas vertentes física, emocional e psíquica. A massagem terapêutica para além de ser um excelente tonificador muscular, melhora a circulação sanguínea e ao mesmo tempo é um óptimo método de relaxamento.
Quando aplicada em determinadas locais e pontos de acupuntura do corpo a massagem terapêutica Tuina relaxa os músculos, alivia a dor, regula as funções dos orgãos internos e fortalece o sistema imunitário e circulatório.


É indicada para:
  • Equilibrar o fluxo de energia
  • Tonificar os músculos
  • Melhorar a circulação sanguínea
  • Relaxamento
  • Combate e prevenção de doenças
  • Melhorar a saúde integral do indivíduo
  • Vertente física, emocional e psíquica
  • Dor de costas
  • Dor de cabeça/enxaquecas
  • Tensão pescoço e ombros
  • Tensão muscular generalizada
  • Contracturas musculares
  • Dor menstrual
  • Pequenas luxações articulares
  • Lesões traumáticas e artes marciais
  • Lesões desportivas
  • Lombalgia
  • Dor ciática, etc.


No vídeo abaixo, exemplo, para tratar problemas no cotovelo.


Contra indicações, não são absolutas na terapia pela Tuina. Para algumas doenças, a terapia pode ser usada como medicina auxiliar para aumentar o efeito curativo e eliminar sintomas. Na prática clínica, deve-se prestar atenção ao seguinte:

  • Não é recomendável tratar paciente com cancro;
  • Não tratar doenças transmissíveis, agudas ou crónicas, tal como a hepatite;
  • Doenças infecciosas, como a erisipela, artrite supurativa e “medullitis”;
  • Doenças hemorrágicas diversas, tais como: úlcera gástrica no período de sangramento, hematúria e hematoquézia;
  • Tumores malignos, tuberculose e piemia;
  • Queimadura e dermatite ulcerativa;
  • Sangramento proveniente de trauma.

domingo, 8 de setembro de 2013


Um pouco de história


A Tuina é uma especialidade médica dentro da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que usa as mãos como instrumento para tratar doenças, é uma das mais antigas formas de medicina da humanidade. Pode ser comprovado na história médica de uma das mais antigas nações do mundo, porque, o costume de esfregar, comprimir, amassar ou bater com as mãos em seus corpos ou os de seus companheiros, a fim de se livrarem do frio, ou do desconforto ocasionado pela fadiga, distensão abdominal e vários ferimentos, é um instinto inato do ser humano. Nos tempos primitivos, quando ainda não existia nenhum instrumento médico, os chineses antigos não podiam fazer nada além de usar o método espontâneo de auto-esfregamento, auto-amassamento ou auto-batimento no corpo. Assim, estimula os Pontos ou outras partes da superfície do corpo, para corrigir o desequilíbrio fisiológico e alcançar efeitos curativos.




Na China, a Tuina remonta ao reinado do Imperador Huangdi, durante o qual era chamado de Anwu. Nas épocas da Primavera e Outuno, e dos estados combatentes (há 2 000 anos), desenvolveu-se tornando-se um método medicinal, a que chamavam Anmo.
Durante as Dinastias Qin e Han, no tempo dos três Reinos (205 a.C. - 280 d.C.), os conhecimentos acumulados e os métodos criados nos tempos anteriores, contribuiram para a publicação do livro sobre o Anmo, intitulado Huang Di Qi Bo Na Mó Jing Shi Juan (Clássicos sobre massagem do Imperador Amarelo e de Qi Bo).  Foi um dos primeiros livros da história da MTC, mas perdeu-se. Um outro livro escrito na mesma época, clássico da MTC, preservado até hoje na China, Huang Di Nei Jing. Aborda quase todos os aspectos da terapia Anmo, tais como a origem, manipulações, aplicações clinicas, sintomas, princípios terapêuticos e ensinamentos.
Mais tarde, o médico Zhang Zhongjing, sumariou e editou, pela primeira vez, o método Gaomo, no seu livro Jin Kui Yao Lue (Tratado sobre doenças febris e mistas). Prescrevia que um unguento, preparado com ervas medicinais, deveria ser espalhado em certas partes do corpo do paciente, em pontos seleccionados e pertencentes a canais, e então aplicar a terapia Anmo (com unguento e manipulações). Isto melhorou, não somente os meios terapêuticos, mas também ampliou a faixa de aplicação da massagem.
Tao Hongjing, famoso cientista médico, taoísta e alquimista das Dinastias do Norte e do Sul, escreveu um volume especial, Yang Xing Yan Mig Lu (Exercícios Físicos, respiratórios e massagem), incluídos no livro “Registo sobre a Preservação da saúde e Prolongamento da Vida”, que possui um conteúdo muito rico, com muitas informações sobre uma série de práticas de exercício físico e respiratório, tais como: compressas quentes para os olhos, pressionar os olhos, endireitar as orelhas, criar cabelos, massagem facial e banhos secos, etc. Isto ajudou a criar a técnica de auto-massagem com a finalidade de preservação da saúde e auto-tratamento de doenças.
Nos séculos posteriores, considera-se que a terapia Anmo podia tratar doenças causadas por 8 factores patogênicos: vento, calor, frio, humidade, fome, excesso de alimento, fadiga e ociosidade, o que ampliava grandemente a faixa de aplicação da massagem. Esta torna-se um ramo da MTC para a prática clinica. Alcançou um bom desenvolvimento na sua teoria básica, na técnica de diagnóstico e no tratamento, graças ao rápido desenvolvimento da política da China, da sua economia, cultura e transporte e da excelente situação de intercâmbio cultural com países estrangeiros a massagem foi também introduzida na Coreia, Japão, Índia, etc.
Muito mais tarde, na Dinastia Ming (1368-1644), começará a ser também utilizada nos tratamentos infantis. A Tuina infantil toma forma como um ramo académico e foi estabelecido um sistema independente de diagnóstico de massagem, manipulações, pontos de aplicação e de tratamento. Além do mais, o termo Tuina, utilizado actualmente, foi desenvolvido neste período como substituto de Anmo.
Na Dinastia Qing, o Tuina infantil teve o seu maior desenvolvimento, além que neste período, apareceram um grande número de médicos famosos em Tuina infantil e de livros clássicos que vieram influenciar as gerações posteriores. Os massagistas, nesta época, fizeram realizações notáveis ao tratar lesões com Tuina. No livro Yi Zong Jin Jian (O espelho dourado da medicina), é considerado as seguintes manipulações como os 8 métodos para tratar lesões: Mô (apalpar), Jie (religar), Chuai (segurar), Ti Tui (levantar), Na (pressionar), An (comprimir), Mó (fricção).
A médica de traumatologia da Tuina foi formada basicamente durante este período.
Depois da fundação da República Popular da China, em 1949, o governo defendeu a MTC com grande empenho e começou a olhar para a Tuina com uma nova perspectiva. Em 1956, a primeira classe de treino em Tuina foi estabelecida na cidade de Shanghai. Dois anos depois, era instalada a primeira clinica de Tuina e a Escola Técnica, também em Shanghai. Em 1974, a primeira secção de Tuina apareceu no Departamento de Acupuntura, Tuina e Traumatologia da Academia de Shanghai de MTC. Espalhando-se pelas universidades de MTC de Beijing, Nanjing, Fujian e Anhui. Fornecendo condições para o desenvolvimento de excelentes médicos.
Em 1987, o intercâmbio académico de Tuina, nacional e internacional, foi muito incrementado. O número e qualidade de monografias e teses escritas sobre a Tuina alcançou recordes históricos, e pesquisas cientificas sobre a prática clinica do Tuina tambem foram um sucesso.


Actualmente, a terapia Tuina floresce na China, está a tomar parte activa em vários campos da medicina tais como: o serviço médico, a reabilitação e preservação da saúde. É uma terapia segura, eficaz, sem risco e livre de efeitos colaterais e será aceite sem dúvida cada vez mais pelas pessoas de todo o mundo e contribuirá grandemente par a saúde e prolongamento da vida de todos.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Relaxem!!!



Tenham um dia feliz!

Dietética Chinesa (cont.)

Como prescrever individualmente
A MTC ao ter entendido a interacção dos alimentos com o corpo e as influências que as energias celeste e terrestre exercem sobre ele elaborou os procedimentos para as pessoas usufruírem da melhor maneira o que a natureza oferece sem prejuízos para estas e de maneira a que a natureza possa servir o ser humano.
Desta forma, os alimentos são escolhidos de acordo com o tipo de desequilíbrio interno e o padrão diagnosticado em consulta.  Por exemplo, se o corpo está muito quente,  alimentos que refrescam e que baixam a temperatura corporal são prescritos.  Rebentos, legumes, mais fruta, sumos, por exemplo fazem essa função no organismo.
Se o corpo tem por exemplo retenção de alimentos são prescritos alimentos com propriedades específicas de promover uma digestão mais eficaz. Um pouco de picante pode ser acrescentada à dieta, como gengibre, alho francês, mostarda.
Na prática, alguém com uma constituição excessivamente quente (Yang) pode piorar a sua condição se comer muitos alimentos "quentes" -assados, grelhados- como carnes vermelhas, malaguetas, alho. Enquanto alguém com sintomas de frio poderia melhorar a sua condição se comer alimentos mais quentes, na forma de sopas, caldos, papas nutritivas, chás quentes.
 Ao selecionar os alimentos que se adequam à nossa constituição, os nossos corpos são capazes de trabalhar de forma mais eficiente.





Tentar respeitar sempre:
1. Comer devagar, mastigar bem e comer diariamente em horários regulares. A regularidade promove um bom fluxo do "Qi” da digestão e desencoraja a acumulação ou a estagnação dos alimentos.
2. Comer no espaço de uma hora depois de acordar. Quando uma pessoa não está com fome de manhã, isso implica uma fraqueza do sistema digestivo. A energia do Estômago é mais forte nas primeiras horas da manhã, especialmente entre as sete e as nove horas. Evite comer grandes refeições à noite. O “Qi” do Estômago está mais fraco entre de 7 e as 9 horas da noite. Sobrecarregar o sistema digestivo pode levar à acumulação de alimentos e tem um efeito negativo sobre a qualidade do sono.
3. Não comer enquanto está se está mentalmente preocupado, stressado.  Apreciar com tempo o que se está a comer. Trabalhar demasiado e stress emocional exagerado, afecta diretamente o bom fluxo do “Qi” e contribui para uma fraca digestão a médio e longo prazo.
4. Não beber grandes quantidades de líquidos com as refeições. O líquido não só diminui o ácido do Estômago e torna mais difícil que o Estômago digira a comida, como também sobrecarrega o sistema digestivo.

5. Incluir regularmente na dieta caldos quentes, sopas, guisados​.
Sopas quentes e legumes cozidos são de fácil digestão e é uma nutrição fácil de assimilar. Isto é especialmente bom se a digestão estiver severamente comprometida ou se você está muito doente e fraco. Se você é especialmente fraco ou sofre de absorção inadequada de nutrientes, tente o que eu chamo de "comida de bébé". Cozinhar os legumes juntos por um longo tempo numa panela de barro ou assá-los e, em seguida, reduzi-los a puré. Isto vai dar ao seu alimento uma qualidade quente e requer menos trabalho, permitindo maior repouso do seu sistema digestivo e maior  capacidade de recuperar.


6. Concentrar-se em uma dieta à base de vegetais.
   Reduzir ou eliminar o consumo de alimentos processados, açúcar, trigo e produtos de origem animal em excesso. Fazer pelo menos 50% do seu prato com legumes em todas as refeições, uma mistura de cozido e cru (a menos que tenha propensão a sentir frio generalizado.
(ver o número 8 abaixo em evitar alimentos crus).
7. Escolha as refeições que são de fácil digestão. Use os princípios de combinação de alimentos simples para assegurar uma digestão eficaz, especialmente se a sua digestão é difícil. Há muitas maneiras de abordar a combinação de alimentos desde um modo rigoroso a modo muito simples,tem que encontrar o que funciona para si.

8. Não coma um excesso de alimentos crus ou frios, bebidas frias ou guloseimas geladas. Os fanáticos de alimentos crus vão discordar com esta filosofia, mas a teoria chinesa afirma que muitos alimentos crus podem esgotar a força digestiva. Apesar das excelentes  enzimas disponíveis em alimentos crus e vivos, é de mais difícil digestão, especialmente  se tiver uma digestão enfraquecida devido a doença, intestino irritável, ou intestino solto.
Os alimentos crus forçam o corpo a trabalhar mais para literalmente aquecer a comida antes que possam  ser digeridos, usando mais energia digestiva. Sushi, cerveja gelada, água do frigorífico, bebidas frias e muita comida congelada (como gelados) são um choque para o sistema digestivo. Como todas as coisas, é uma questão de equilíbrio e de ouvir o seu corpo. Não ser demasiado fundamentalista.

9. Pense: como se sente depois de comer uma malagueta picante ou leite frio de manhã? Oiça o seu corpo e os sinais que ele fornece diariamente. E escolha uma alimentação que se adapte à estação e à sua constituição.