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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ventosaterapia

Origem da ventosaterapia

É utilizada há milhares de anos pela Medicina Tradicional Chinesa (MTC), não é uma técnica exclusiva desta medicina, havendo registo de utilização das ventosas para fins terapêuticos em antigas civilizações como a Egípcia, Grega, em toda a África e nas comunidades índias americanas.

A variedade de ventosas existente hoje em dia deu-se em função dos recursos que cada uma destas civilizações possuía na sua vida diária: o mais antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça; os índios desenvolveram a técnica utilizando os chifres de animais, cortavam a parte superior dos chifres dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado; os chineses usavam os bambus e, na Europa surgiram os primeiros copos de vidro, eram utilizados para obter o efeito ventosa, ou seja para criar um vácuo e uma força de sucção localizada.


O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico de bastante uso e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordada como um instrumento curativo mágico, pelo contacto intimo com o interior corpo através do sangue. Também era respeitada pela sua actuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos da MTC.
Na Europa, durante a Idade Média, as sangrias eram aplicadas visando obter efeitos semelhantes aos das ventosas, sendo colocadas sanguessugas nas veias para obtenção de descompressão. Na Ásia também existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação, o método mais utilizado era o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto das ventosa. Em Portugal, os "barbeiros sangradores" eram geralmente os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença cedida pelo cirurgião-mor. Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.

No Oriente, o uso de ventosas foi desenvolvido com base na acupuntura e aplicação das ventosas foi originalmente conhecida como Método Chifre. Os chifres eram  aquecidos criando-se um vácuo quando eram colocados sobre a pele. O propósito era curar doenças e retirar o pus.
O que distingue estas habilidades primitivas dos chineses, das outras áreas do mundo, é a extensão do seu subsequente desenvolvimento, dentro da estrutura da tradicional fisiologia e patologia. O Método Chifre foi posteriormente substituído por outros métodos de sucção mais desenvolvidos, em que se obtinha o efeito de ventosa utilizando cúpulas de bambu, metal e posteriormente o vidro.
Actualmente, as ventosas mais utilizadas são feitas de plástico e são acopladas no corpo através da fixação de uma "bomba" de pressão que esvazia o ar de dentro dos copos após a sua colocação sobre a pele nos pontos desejados. Nas outras ventosas é utilizado o fogo, que cria uma pressão negativa no interior do copo que permite que ele fique preso à pele.





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